Uma troca de energia vital com o Universo
A consciência respiratória é muito importante para a saúde e equilíbrio emocional.
Na
prática de YOGA, as técnicas respiratórias são chamadas de PRANAYAMA
referindo-se ao regular a inspiração e a expiração, pelo controle da
energia vital.
A respiração é a troca humana com a vida e com o universo.
A
vida moderna, a poluição, as emoções desenfreadas, a alimentação
artificial, tudo isso tirou a naturalidade do processo respiratório.
Praticar
técnicas respiratórias atualmente tornou-se uma necessidade para
resgatar a respiração natural e com isso uma harmonização interior.
Tornar-se
perito na arte de respirar, potencializa esta troca energética com a
natureza e favorece a condição humana na prática da meditação.
Ao
mesmo tempo em que um estado profundo de quietação mental é acompanhado
da ausência de respiração, a ausência da respiração pode causar um
total incômodo e agitação.
Então
temos o principal desafio no trabalho com as técnicas respiratórias:
encontrar um ponto em que a quietação respiratória aconteça sem sentir
“falta de ar”, ritmando a respiração e tornando-a progressivamente cada
vez mais lenta o que proporciona um estado de concentração e lucidez,
via domínio da energia vital, expansão e controle da respiração.
É
importante a compreensão e o domínio respiratório, pois o ritmo da
respiração está conectado com a consciência, suas funções, e os estados
de consciência.
A irregularidade gera instabilidade psíquica e dispersão mental.
Respiração
consciente é um instrumento de unificação da consciência, uma atenção
dirigida para a vida orgânica, uma porta de entrada na própria essência
da vida, uma consciência da própria grandeza. (ELIADE, 1996, p. 59)
As
técnicas respiratórias desenvolvem inúmeros benefícios fisiológicos,
mas seu principal objetivo é interferir na respiração e no sistema
nervoso como preparação para meditação.
* * *
Anote e pratique alguns exercíos de consciência respiratória:
Primeiro, é necessário compreender as quatro etapas da respiração: inspiração, retenção cheia, expiração, retenção vazia.
A
respiração é uma troca com o cosmos, inspirando acessamos a energia
vital e primordial que se manifesta em todo universo: o PRANA.
Retendo cheio, direcionamos esta energia, transformamos a qualidade da energia absorvida.
Expirando, eliminamos toxinas, tensões e relaxamos e distribuímos a energia.
E
retendo vazio, preparamos o interior para uma nova energia, entramos em
contato com a interiorização, introversão e possibilita-se o efeito da
energia no corpo.
A
respiração é um alimento tão importante que alguns minutos sem respirar
causa a morte, enquanto que podemos ficar dias sem comer ou tomar água
podendo sobreviver. Esse grau de importância é conferido pelo duplo
comando: sistema nervoso autônomo e voluntário.
Assim,
é interessante ter a coordenação dos músculos que participam da
respiração: o diafragma, os retos abdominais, os intercostais e
peitorais.
O
diafragma separa para cima coração e pulmões, e para baixo órgãos
abdominais. É um músculo interno que desce quando o ar entra,
massageando as vísceras abdominais e deslocando-as para baixo e para
frente; e sobe na expiração, ajudando os pulmões a expelirem o ar, neste
momento, a cavidade abdominal fica côncava, pois o diafragma liberou o
espaço para os órgãos abdominais.
Quando
passamos por momentos de desconforto emocional, imediatamente a
respiração se altera. Por outro lado, ao exercitar todos os músculos
respiratórios criamos oportunidade de dissipar conteúdos emocionais mal
resolvidos e stresse.
A
respiração baixa acontece quando o ar e a energia vital são levados
para a parte baixa dos pulmões, e pela ação do diafragma, os músculos
retro abdominais se expandem, como um balão cheio. Quando o ar sai, o
abdômen é contraído, como um balão vazio. Mas este balão não enche só
para baixo, enche para os lados e para trás, na parte média dos pulmões,
expandindo a musculatura intercostal quando o ar entra, e retornando as
costelas quando o ar sai.
A
respiração alta é a mais comum por tratar-se de uma respiração
superficial, acontece na altura do peito, e fica muito nítida em
momentos de ansiedade, stresse ou susto.
O
interessante é respirar com toda a cavidade pulmonar para eliminar as
bactérias que se reproduzem no sistema respiratório quando a respiração é
curta e superficial, fazendo o movimento respiratório chegar primeiro
no abdômen, depois nas costelas, e por último e discretamente no peito
ou clavículas.
Para
expirar, o ar pode sair na ordem inversa. As técnicas respiratórias
equilibram e acalmam o sistema nervoso, os pensamentos e sentimentos, ao
equilibrarem e acalmarem a respiração, seu o ritmo, intensidade,
duração, amplitude e formas de passagem de ar.
Quando for necessário eliminar toxinas, solte o ar pela boca.
Caso
contrário, respire sempre nasal mantendo a língua acomodada no céu da
boca, isso favorece a circulação da energia vital dentro do corpo.
Além
desses exercícios de consciência respiratória descritos aqui, existem
inúmeras outras técnicas respiratórias mais complexas que devem ser
praticas sob orientação.
Mesmo
que você não tenha interesse em se preparar para a meditação, procure
respirar fundo no seu dia a dia, isso oxigena seu cérebro beneficiando
concentração, aprendizagem e novas ideias, procure perceber as fases da
respiração, os músculos que se movimentam com o ciclo respiratório e
procure observar a alteração da respiração que acompanha as alterações
emocionais.
A respiração está conectada com o sistema nervoso e com as emoções.
Ao
ter consciência respiratória e ao exercitar a respiração com
frequência, dissipamos conteúdos emocionais, organizamos nosso sistema
nervoso e favorecemos estados mentais mais lúcidos.
Experimente, pratique, vivencie, você se sentirá muito bem!
Namaste,
Naiana.
Fonte:
http://ecoviagem.uol.com.br/BLOGS/NAIANANATUREZA
http://stelalecocq.blogspot.com/
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