Se você ama alguém que não lhe pode corresponder, lembre-se daqueles que não têm um amor ao menos para chorar suas lágrimas.
Se o amor é uma conquista, alguns ainda não a alcançaram.
Se
a pessoa que você ama já tem compromisso, evite viver uma relação
paralela que poderá machucar seu coração. Nossos sentimentos comandam
nossa Vida; deixá-los à deriva é perigo para a própria sobrevivência.
Ninguém
que se aventura numa relação paralela consegue dela sair sem marcas. Os
motivos que levam alguém a tal aventura geralmente se enraízam em vidas
passadas.
Quem
ama nem sempre consegue correspondência com o ser amado. Às vezes nos
deparamos com os amores platônicos ou não recíprocos. Respeitar os
limites do outro é fundamental para nosso equilíbrio psíquico.
Quando
você se deparar com um amor proibido atravessando seu percurso de vida,
olhe para si mesmo e conscientize-se de que você não merece pagar preço
tão alto por uma ligação que não possa ser postergada.
Se
o seu amor não é correspondido ou é platônico e o outro não sabe nem
lhe dá atenção, não espere que um milagre resolva a situação. Lance-se
ao seu próprio destino buscando realizações superiores.
Não lamente a saída de alguém de sua vida.
Reenquadre
a posição que você deve ocupar na vida, perante o futuro, sem aquela
pessoa. O outro que saiu, apenas desocupou o espaço por você
constituído. Permita que algo nobre ocupe devidamente aquele lugar.
Se
você se encontra em solidão, observe à sua volta e verá que, mesmo
acompanhada, muita gente está só. A companhia do amor é a paz da
consciência e o pensamento voltado para o futuro.
Por
contingências reencarnatórias, o amor entre duas pessoas poderá estar
separado pelos laços de parentesco, pelo compromisso do outro, por
expiações ou pela preferência sexual. Nesses casos, aja com cautela e
equilíbrio, considerando que a separação imposta pela vida representa
processo educativo em curso.
Muitas vezes tentamos colocar num ponto máximo de nossa vida o amor a uma pessoa em lugar do amor a Deus, à vida ou, até mesmo, a si próprio. Esse amor exagerado tende a anular quem a ele se entrega.
Em determinada fase de nossa vida nos encontramos co um outro que inunda nossa consciência alojando-se sem pedir licença, parecendo ser a única razão de existirmos.
Muitas vezes se trata de fascinação movida por carências não atendidas. Valorização de si mesmo e autoestima, são fundamentais para o reequilíbrio psíquico.
As barreiras da posição social, do nível intelectual e outras erigidas pelo preconceito, são contingências que nos ensinam a grandeza da vida verdadeira, da qual somos originários e para a qual voltaremos como espíritos.
Se o amor possível está difícil, o impossível merece a nossa cautela para não se tornar uma armadilha cármica a nos aprisionar na teia das reencarnações expiatórias.
O amor não-amado, Jesus, soube entender os homens, face à ignorância espiritual da humanidade. O seu amor é o amor possível e libertador.
O amor não correspondido é aquele que devemos esquecer a fim de buscarmos outro amor, que preencherá nossa vida de felicidade e paz. A fixação nele é porta aberta à obsessão e à anulação de si mesmo.
O amor impossível nos aprisiona e nos faz estacionar diante da vida. Sua presença em nossa consciência e em nosso coração impede-nos de crescer e evoluir.
Se não conseguimos realizar o amor que nos parece o máximo de nossa vida, lembremo-nos que um outro amor pode estar a nos esperar do outro lado da vida, confiante em nosso amadurecimento antes da partida. O amor dos entes queridos, que nos antecederam na viagem pertenceram ao nosso passado reencarnatório, estará sempre presente em nossas vidas na medida em que permaneçamos trabalhando em favor do amor e para que o amor alcance os que dele carecem.
Amanhã poderemos estar diante de algo muito mais importante do que aquele amor que nos impede o crescimento. Na manhã seguinte, certamente o dia poderá ser mais acolhedor. Acredite no amor possível, é ele que nos faz crescer.
Jesus nos ensinou que o amor é sempre possível àquele que pensa no Bem.
Adenauer Novaes
Livro: Amor Sempre.
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