domingo, 26 de abril de 2015


"... Que eu seja hoje melhor que ontem...
Que eu caminhe com fé, força e confiança...
Que nada e nem ninguém possa me abalar...
Que a alegria invada meu espírito...
Que a Luz preencha tudo ao meu redor...
Que eu me encontre no olhar de cada semelhante...
Que meu sorriso possa iluminar o próximo...
Que o amor seja meu guia hoje e sempre...
Pois hoje é um novo dia e outra chance me foi dada...
Que eu saiba renascer neste novo despertar..."

(Mitakuye Oyasin)

AMIZADE


Quero te dar chuva de flores pela manhã. 
E quando quiseres podes vir colher sorrisos direto do quintal da minha alma. 
Nunca há de te faltar amizade. 
E se murchar tua alegria, podes vir buscar uma muda no meu jardim 
para que a tua floresça outra vez. 
Se te faltar o vento, eu te sopro carinho. 

(*.*)

Fonte: Tudo que acredito ou tento acreditar...

quinta-feira, 23 de abril de 2015

O amor em tempos de colheita


Certa vez escutei uma história que, verídica ou não, fez todo sentido dentro da minha experiência pessoal.

“Numa floricultura em Nova York existia uma florista que todas as manhãs fazia pequenos arranjos de flores e os deixavam expostos gratuitamente para que aqueles que passassem pudessem levá-los consigo. Entre os arranjos, estavam os feitos por um certo monge e estes eram justamente os primeiros que as pessoas levavam. Intrigada com a predisposição que todos tinham pelas flores do monge, a florista resolveu deixá-los bem atrás dos outros. Mas, mesmo assim, eles continuavam a ser os escolhidos! Então, ela resolveu ir até o monge e perguntar qual era o seu segredo. E a resposta que obteve é que nada de diferente era feito, mas que a cada arranjo montado ele colocava e emanava todo o seu amor e energia para que aquele pequeno presente fosse fonte de beleza e alegria para as pessoas que o levassem”.

Você pode estar se perguntando: Como apenas a intenção dele era capaz de produzir tal efeito?

Sinceramente, me faltam as explicações lógicas e científicas para lhe trazer essa resposta. Mas, o que eu vejo na minha própria vivência e nas histórias de muitas outras pessoas que conheço é que realmente “o olho do dono engorda o gado!”

Todas as coisas que nos propomos a fazer com empenho, dedicação, carinho e amor acabam atraindo resultados mais favoráveis do que se apenas investirmos energia material ou nos dedicamos somente o mínimo necessário. A colheita pode até vir num momento ou de um jeito diferente do que você espera, mas ela acaba chegando.

Então que dizer que a nossa colheita e a prosperidade têm a ver com o amor que colocamos em tudo que fazemos?

Acho que não só! Os frutos dependem também do nosso trabalho na realidade, do nosso foco, dos objetivos que traçamos para nós e que vamos em busca de concretizar.

Portanto, de nada adiantaria o monge apenas olhar para as flores e enviá-las vibrações de amor. Ele precisava “pôr a mão na massa”, escolher as flores, montar os arranjos e dispô-los para a florista. De outra forma sua intenção não se realizaria jamais!

Assim, para a colheita da prosperidade é preciso arregaçar as mangas, preparar a terra, escolher as sementes e semeá-las, regar e proteger. Enfim, tomar todos os cuidados para a plantação vingar e trazer os frutos desejados.

Portanto, se você está num momento que almeja pela prosperidade e ela ainda não chegou na sua vida é a hora de se perguntar: Eu realmente estou depositando no meu sonho tudo o que eu preciso para que ele se realize? Eu sei preparar o solo, escolher as sementes e plantar? Isso que eu quero é realmente o que eu amaria ter ou fazer?

São várias as respostas a serem buscadas, eu sei! Mas, se você quer descobrir qual o caminho e compreender porque algo misterioso simplesmente acontece, você precisa seguir o exemplo da florista da história e ir em busca do conhecimento.

Mas lembre-se, o primeiro amor que você precisa emanar e o primeiro investimento que precisa fazer é sobre você mesmo! E que, assim, você consiga, no momento certo colher a tão sonhada prosperidade!


 por Marcela Alice Bianco
Fonte: CONTI outra continue sentindo.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Merlin, o feiticeiro, e sua ilusão!


Nas pesquisas históricas que tenho feito desde 2011, na ilha de Avalon, na Inglaterra, vez por outra deparo-me com belas histórias ainda desconhecidas do público. As vezes, tomo conhecimento de lendas e também aquelas que levam um misto de realidade e fantasia. Talvez seja ainda a presença da aura mística do rei Artur com toda sua corte repleta de cavaleiros, magos e donzelas que impregnam o imaginário e a vida daquele povo simples da região.

É deste cenário encantador que surge a fascinante lição acerca dos verdadeiros valores da vida, mas também da paixão e do duelo entre a razão e o coração.

Merlin, o genial feiticeiro da corte de Artur, era dado apenas ao culto da razão e da magia. Envelhecera, segundo o burburinho das vozes palacianas, sem nunca ter tocado em uma mulher. Porém, apesar da idade avançada e da descrença em relação às coisas do coração, o mago conselheiro de Artur, foi arrebatado pela beleza de uma jovem donzela que visitara o palácio.

Seu nome era Morgana. A encantadora jovem parecia trazer uma ingenuidade pulsante, e a sensualidade irradiava de seus gestos delicados e de seu olhar brilhante. Merlin não resistiu aos dotes físicos da donzela e sentiu pela primeira vez um frêmito percorrer todo o seu corpo envelhecido e casto. A sua aproximação de Morgana, fazia-lhe bater o coração de forma diferente, como se este já não mais suportasse o lugar de desprezo a que fora confinado por todos os anos, desde a mocidade do mago.

Merlin convidou Morgana para um passeio e enquanto caminhavam, ia realizando seus feitiços, mudando aqui e ali de aparência, sempre apresentando-se mais jovem e enchendo o salão de musicistas, pratos deliciosos, ornamentações exóticas. Ele a impressionou finalmente! Entretanto, chamou a atenção da moça para seu poder e conhecimento, sem conseguir despertar em seu íntimo qualquer interesse pelo seu afeto. A "inocente" jovenzinha revelou-se aos poucos uma mulher ambiciosa e à medida que prometia entregar-se ao velho Merlin, mais ele lhe revelava os segredos de sua magia.

Certo dia, o mago confidenciou ao rei Artur que seu fim estaria próximo, pois não sabia como controlar a paixão. Artur, indagou como ele sendo tão sábio, estava sem encontrar a solução para aquela perturbação, ao que o mago respondeu: "- Meu nobre rei, diante do conflito entre a paixão e o saber, começo a descobrir que o saber nunca vence!"

E assim, Merlin convidou Morgana para ir até as montanhas da Cornuália, pois ele havia preparado um belo quarto, escavado nos paredões rochosos. Embelezou com joias preciosas, o revestiu com ouro, e encheu o ar com o perfume de velas aromatizadas. Tudo isto havia feito para uma noite de amor! Porém, Morgana tinha outros planos. Pediu para que Merlin entrasse primeiro por uma passagem secreta que daria acesso ao quarto, e quando ele se encontrava na alcova, esperando-a, ela pronunciou as palavras mágicas e o encarcerou nos aposentos, na intimidade da montanha. Do lado de fora, à medida que se afastava, ela ouvia a sua voz suplicante, pedindo liberdade.

Ele ficou preso à própria paixão avassaladora e ao seu poder que usou para tentar seduzi-la. Por outro lado, ela ficou com seu prestígio e conhecimento da magia. E ainda hoje quem quer que visite as montanhas, reza uma tradição, que é possível ouvir a voz envelhecida do mago, clamando por libertação!

Esta história ou estória, é o reflexo das escolhas infelizes de muitos até hoje. 

Quantos há, que por uma paixão, ficam presos nas próprias ações equivocadas? Por ventura, são poucos os crimes passionais? Não, não são poucos os que se enredam nas tramas e são emparedados vivos, por acreditarem que o outro pode ser conquistado por violência e ameaças. 

Quantos tentam manter suas relações pelo poder ou outro tipo de talento? E não podemos esquecer dos jogadores de futebol e das celebridades da TV que posam ao lado de seus "menininhos" de corpos sarados, verdadeiros orangotangos de praia. E o mais curioso é quando ouvimos o discurso, "de que amam a essência..." Pura demagogia! A qual essência estão se referindo? 

São consumidores de uma filosofia de vida que diverge do "amor à essência". Pululam em uma sociedade que cultua a vaidade com suas botulinas e lipolight, que usa camisetas com jacarezinho no peito, ou curte as bolsas Louis Viton, que por sinal, são muito compradas por brasileiros nos camelôs das ruas de Roma. Sem deixar de falar do prestígio que passam a desfrutar estas "bonequinhas de luxo", com acesso a diretores de novelas, filmes e programas de TV, onde ao lado de seus setentões e oitentões são apresentadas como o novo par romântico de uma sociedade ilusória, sustentada pelos recursos do photoshop e da fantasia propiciada pelo consumo compulsivo.

Já tive a oportunidade de levantar este assunto em meu livro, Entre o Ciúme e o Amor e agora faço aqui. Alguém já soube de algum caso de uma alma gêmea encontrada em um abrigo para idosos? Ele tem 25 ou 40 anos e deixou a esposa porque encontrou sua cara-metade em um asilo. Trata-se de uma garotinha de 88 anos. Alguém já viu isto em algum lugar?

Por favor, não pense que não apoio relações com diferenças na idade. Mas estou analisando qual o tipo de relação que as pessoas estabelecem.   

A ilusão de Merlin também faz outros tipos de vítimas. Quantos dedicaram toda a vida ao conhecimento, ao intelecto, e foram pegos de surpresa pelo corcel indomável da paixão? Acreditando que a solução dos problemas de origem exógena e endógena, estariam nas pesquisas científicas, tornaram-se despreparados para lidar com as coisas do coração. Em verdade, conheciam de tudo, mas ignoravam-se na própria essência.

Merlin e Morgana não ficaram no passado de Avalon. Eles ainda vivem em nós e entre nós!
 
 
por Liszt Rangel, blog da História e da Vida.