domingo, 20 de fevereiro de 2011


Mais um ano a borboleta voou,
Pisando, muitas vezes, numa flor
,
com a mesma graça e com o mesmo amor.

E de voar ela não se cansou.

Em pleno ar seus desenhos traçou,

emprestando-lhes a vida e a cor,

como empresta e lhes concede o pintor,
quando a pintura na tela encerrou.


Por vezes, desabrocha tanta flor

sem que a borboleta as tenha beijado...
Choram infelizes e sentem dor...

Porém, a que a borboleta tem tocado,

há de sentir, para sempre, o calor
Desse beijo...
tão louco e apaixonado.


José M. Raposo

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