domingo, 27 de junho de 2010


Venha Comigo!

Pegue na minha mão e venha comigo. Vou levar você para conhecer os meus domínios. Ah! Não me refiro à casa de alvenaria! Vou levar você para conhecer as trilhas, as ruas, mas não aquelas cujo trajeto eu faço todos os dias.

Este reino é um tanto diferente, sem nenhum compromisso com a realidade. Você poderá pensar que tenho a imaginação de uma criança e, se assim for, faça-se criança também e venha comigo!

Neste reino a temperatura é sempre amena. Os dias são sempre luminosos e primaveris. As noites são sempre enluaradas e cheias de estrelas. Os jardins são sempre repletos de flores. Há nascentes por todos os lados. Podemos conversar com os animais e com os espíritos da natureza. O mar de um verde opalino beija praias luminosas feitas de pó de prata. Aqui brincamos de escorregar no arco-íris e caímos direto no pote de ouro.

Neste reino não há doenças ou doentes. Não há tristes, nem tristeza. Não há distinção de raças, porque somos todos iguais e, pelo mesmo motivo, não há disputas de qualquer natureza.

Somos feitos de luz e, portanto, não há feitos nem bonitos, magros ou gordos, jovens ou velhos,
ricos ou pobres... apenas uma imensidão de cores fulgurantes emanando de cada um.

Vê aquele coreto iluminado no centro do jardim? O maestro está regendo uma linda canção. Permita que a música e o ritmo o atravessem, de tal sorte que você e a música fiquem na mesma freqüência e na mesma vibração.

Logo adiante está o salão grená, de chão espelhado e lustres de cristais. A orquestra toca uma
valsa vienense. Venha! Deslize pelo salão e se a canção o comover demais, derrube lágrimas em
forma de pérolas cintilantes.

Vê aquelas vastas escadarias de mármore com tapetes vermelhos? Elas levam ao recinto dos Mestres e Mestras. Você não imagina quão numerosos eles são, quanta sabedoria podem passar e o quanto podem suprir a nossa alma com o mais puro amor!

Onde quer que eu o leve agora? Posso saltar para o topo de uma montanha e, com a mesma leveza, pegar uma estrelinha do céu, para lhe dar de presente, assim, você sempre se lembrará do passeio que fizemos juntos.

É neste Reino interior que eu mergulho, me refaço e me reabasteço, todas as vezes que o mundo lá fora fica denso demais e me deixa triste. Aqui, estão em forma de luz, todas as pessoas que eu amo e as que me amam.

Aqui estão também todas as pessoas que eu quero abraçar e não posso, as que eu quero compreender e não compreendo, as que eu já perdoei e aquelas que eu preciso que me perdoem, as que eu sempre tentei cativar em vão.

Mal sabem elas que eu as trago para este Reino encantado e as vejo tal como elas são verdadeiramente: apenas LUZ!

Venha comigo e, se não quiser vir, eu trarei você mesmo sem o seu consentimento, para nunca me esquecer de vê-lo e amá-lo, como certamente Deus o ama e o vê!

(retirado da Arca do Auto Conhecimento)

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